terça-feira, 9 de outubro de 2007

Dia 7 - O Tomás já tem uma casa nova!

Mais uma boa notícia: O Tomás já se cansou da incubadora e passou para um berço aqui ao lado!
E lá veio o papá novamente com a nossa roupa nova toda. Mas devem ter tirado mal as medidas porque a 1ª roupa que vestiram ao Tomás tinha uns palmos a mais! E ainda por cima era verde. Brrrr!!!!!!!! Isto começa mal! Por isso o Tomás sujou logo a roupa e a mamã teve de o vestir com uma roupa mais decente e já do tamanho dele!
Como o Diogo ficou cheio de inveja amanhã fazem-lhe a vontade e vai ter também um berço igual ao do Tomás.
E agora que aprendemos a mamar já não precisamos de mais nada para lá do leite da mamã. E quando estamos mais preguiçosos o enfermeiro Lucas dá-nos o leite por um copo, como as pessoas crescidas!
Ao final da tarde estivemos um bocadão a brincar com o papá mesmo ao lado da avó Emília e do avô Manuel! Se o papá continuar com este jeito vamos ter de arranjar 2 pára-quedas!
E depois o Tomás esteve a fazer exercício. Se cá estivermos mais alguns dias com o enfermeiro Lucas saímos de cá a andar pelo nosso pé (e a empurrar a nossa limusine com o papá e a mamã lá dentro!).

6º dia - Só novidades

Isto hoje foi só novidades! A mamã e o papá chegaram logo de manhã cedo e com mais leitinho para nós! E ajudaram a enfermeira Ana a dar-nos banho (ainda de esponja que as banheiras são muito grandes para nós).
Depois a mamã deu-nos de mamar e o papá pegou em nós ao colo. A nossa sorte é que não sofremos de vertigens e ainda vemos um bocado mal, senão tinhamos apanhado uns sustos!
Depois o doutor esteve a ver-nos e achou que já estávamos suficientemente crescidos para podermos beber mais leite de cada vez: 35 ml para o Tomás e 25 ml para o Diogo.
Entretanto fizémos o teste do pézinho e mediram o nível da bilirrubina no sangue do Diogo (ainda perguntámos à mamã o que era isto mas não entendemos nada do que ela disse, eram só palavras esquisitas como hemoglobina para aqui, eritrócitos para ali e imaginem (!) ligações covalentes à albumina). Mas apesar de não percebermos patavina do assunto chegámos à conclusão que já devia estar tudo OK porque tiraram a luz que estava por cima da casa do Diogo. O que significou também que o Diogo ficou sem os óculos de sol e o papá e a mamã já não precisam dos óculos de serralheiro para olharem para ele.
Durante a tarde começaram a retirar-nos os tubos que nos impedem de ir dar umas voltas no corredor. O Diogo já não precisa de sonda para se alimentar e amanhã o Tomás também deve ver-se livre do "esparguete" (como diz o enfermeiro Lucas).
Até já chegámos a estar completamente livres de tubos mas não nos deram tempo suficiente para conseguirmos escapar aqui da unidade!
Mas o melhor estava ainda para vir. Depois do jantar o enfermeiro Lucas colocou-nos aos dois ao mesmo tempo ao colo da mamã (que estava em pânico a tentar adivinhar quem era quem) e depois estivémos um pouco abraçadinhos na mesma casinha. Por azar o papá não tinha lá a câmara mas foi correr buscar o PDA para tirar umas fotos deste momento histórico!
E quando a coisa começou a ficar mais quente (e nos preparávamos para ajustar umas contas de uns pontapés e uns socos ainda na barriga da mamã) a enfermeira Ana achou melhor voltar a separar-nos porque não tinha o estojo de primeiro socorros à mão.
Entretanto a mamã voltou com toda a trouxa para o pé de nós e agora vai ficar a dormir aqui num quarto mesmo ao nosso lado. Não percebemos muito bem porquê mas pareceu-nos que ela estava muito cansada das corridas a casa e ouvimos uma palavra muito complicada: excrescência da cicatriz. O papá disse-nos que não era nada grave e que quando nós quisermos ir embora para o nosso quarto novo a mamã também já está boa para irmos todos juntos!